Интервью Andrew Fletcher и Martin Gore португальскому журналисту в Париже 23 октября 2012 года.
Повторение СОТУ DVD, Studio Sessions нас ждет в бонусах ...
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Depeche Mode: "Música de hoje é manufaturada" (COM VÍDEO)
Depeche Mode sobem ao palco do Optimus Alive no dia 13 de julho. Andrew Fletcher (teclista) e Martin Gore (guitarrista) explicam o regresso
Por: Rui Pedro Vieira em Paris
Correio da Manhã – Vem aí um novo álbum e uma nova digressão. 2013 representa um novo começo para os Depeche Mode?
Martin Gore (MG) – É antes uma evolução natural. Sabemos sempre que quando terminamos um novo projeto fazemos uma pausa. E voltamos agora para o mostrar.
– Estão juntos há 32 anos. O processo de criação ainda é o mesmo?
Andrew Fletcher (AF) – Sim, ainda é em grande parte. Apesar de termos tentado trabalhar com pessoas diferentes, a maneira como o Martin e o Dave [Gahan] escrevem músicas fora do estúdio e depois as gravamos é a mesma…
MG – Nos últimos três discos, trabalhámos com o mesmo produtor e com a mesma técnica. Agora quisemos fazer algo de diferente e tivemos connosco o Christopher Berg, vindo da Suécia. Ele trouxe muito a este novo álbum e é muito bom a trabalhar o som.
– Sentem-se ainda hoje pioneiros do ‘techno pop’?
AF – Somos muito mais ‘blues rock’ e não gostamos muito de estereótipos…
MG – A música eletrónica tornou-se, hoje em dia, tão grande e tão pop! Houve uma altura que sentimos a necessidade de erguer essa bandeira, mas hoje já não temos de o fazer. Há tanta gente que a usa agora que já é ‘mainstream’.
– Costumam dizer que estar no mesmo grupo ao fim de 32 anos é como estar numa relação amorosa. O que os define como banda de culto?
AF – Gosto disso, pessoalmente. Houve alguém que me disse que éramos a maior banda de culto do Mundo. Gostamos dessa expressão e uma das razões é porque mantemos algum segredo para os nossos fãs.
MG – Uma das coisas que não percebemos é o facto de nos termos tornado quase um modo de vida para a grande maioria dos nossos fãs. Não sabemos porque acontece mas é lisonjeiro.
– E os vossos fãs têm vindo também a rejuvenescer…
AF – Sim, vemos que os nossos fãs são cada vez mais novos. É uma evidência. O nosso DJ é novo e vimos na última digressão muitos miúdos na plateia. E logo na primeira fila… Mas, por outro lado, é bom termos uma plateia que envelhece connosco. E nós temo-la também. Porém, se atraímos gente mais jovem para a nossa música, isso também é bom.
– Acham que os vossos fãs têm bons mentores na música, nos dias de hoje?
MG – Acho que a forma como a indústria da música se tem desenvolvido na última década é vergonhosa! Não tudo, mas 90 por cento da música de hoje é manufaturada e isso tornou-se aceitável. Para um miúdo, que vê televisão, tornou-se normal querer ser uma estrela e, ao ver certos programas, até querer ser uma celebridade. Quando crescemos, o que era normal era fazer música, formar uma banda e lutar por concertos, tendo nós mesmos de batalhar para crescer. Hoje, já não se pensa em escrever canções, mas em participar num concurso televisivo para me tornar num sucesso da noite para o dia.
– Até que ponto ainda se surpreendem ao subirem ao palco?
AF – Não se pode falar de mistério, mas de entusiasmo. Hoje temos tamanha qualidade em palco e há multidões a quererem ver-nos. É fantástico! Como Depeche Mode temos sorte porque nos costumam perguntar: ‘a melhor plateia é a da Hungria ou a de Espanha?’. Pois bem, a resposta é: a melhor plateia do Mundo é a que gosta dos Depeche Mode. Não podemos dizer que apreciamos a de determinado país. Quando atuamos é tão emocionante… É um sentimento fantástico!
– A vossa preferência vai então sempre para as grandes plateias, os estádios…
AF – Sim, grandes plateias. Mas também gostamos da diferença que é estar em salas mais pequenas.
MG – Ajuda que toquemos para grandes plateias porque assim chegamos a mais gente. E podemos fazer uma digressão mais pequena [risos].
– Vão atuar pela primeira vez no festival Optimus Alive! Que memórias guardam de outras atuações em Portugal?
MG – Lembro-me bem do Parque das Nações com o rio em frente… Lembro-me que fiz uma corrida à beira-rio antes do concerto que lá demos.
– Há um grande secretismo em torno do disco que sai este ano. Mas planeiam tocar novos temas no concerto em Lisboa?
AF – Tentamos sempre fazer uma combinação de novos temas com os êxitos que todos conhecem. Mas, por vezes, é mais interessante tocar canções novas. É preciso encontrar um equilíbrio.
MG – Já tocámos quatro canções novas ao vivo, mas em estúdio, para integrar num DVD que vai sair numa edição especial do novo disco. E foi muito bom tocar esses temas, até porque foi a primeira vez que o fizemos em três anos. O som está em grande! É prometedor do que aí vem…
– A nova digressão vai trazer mais novidades para lá das novas canções?
AF – Ainda não estamos a ensaiar, estamos mais na fase de formular novas ideias. Ainda não sabemos como será o concerto na sua totalidade.
MG – Estamos a entrar na fase de filmar vídeos que depois serão projetados e estamos a pensar já no primeiro videoclip do álbum.
– Esta será uma grande digressão que avança numa altura de crise para muitos europeus. Têm essa consciência?
AF – Sim, isso preocupa-nos. Tentámos cobrar entradas que sejam razoáveis e percebemos que há muitos países onde os Depeche Mode são muito populares que estão a sofrer graves problemas financeiros, como Grécia, Espanha ou Portugal.
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...соря...эт шо?
...но правда интересно что это?
